Descubra como startups podem usar UGC para crescer, construir confiança e engajar comunidades de maneira eficaz e sustentável.
UGC (User-Generated Content), ou conteúdo gerado pelo usuário, é qualquer tipo de material criado por pessoas que não trabalham diretamente para a marca: clientes, parceiros, alunos, comunidade. Isso pode ser:
A força do UGC está na sua autenticidade: quando as pessoas veem outras pessoas reais falando sobre uma marca e não apenas propagandas patrocinadas ou posts institucionais, a confiança aumenta. Esse “marketing de voz humana”, mais honesto, menos polido. Ele serve para construir credibilidade, gerar provas sociais e engajar comunidades de forma orgânica.
Além disso, em um mundo com tantas startups disputando atenção, criar conteúdo com ajuda da sua comunidade permite escalar a visibilidade de forma mais leve e sustentável, sem depender apenas de mídia paga ou campanhas institucionais.
Muitas pessoas ainda associam UGC a produtos físicos - por exemplo, alguém mostrando um tênis ou uma mochila. Mas, para startups que oferecem serviços ou produtos digitais, o UGC também é uma mina de ouro. Aqui está o porquê:
Gastar em campanhas grandes pode não ser viável; o UGC alavanca as redes dos próprios usuários para expandir a marca.
No mundo digital, ter clientes que falam sobre como usar sua plataforma, como se beneficiaram ou o que alcançaram, isso constrói confiança. Outros potenciais clientes veem as histórias e se sentem mais confortáveis em “entrar”.
Estímulos para que os usuários façam parte de algo - terminarem um curso, participarem de um evento, ganharem um status (“embaixador”, “aprovado”) - transformam simples consumidores em defensores da marca.
Ao invés de depender só de uma equipe interna de marketing para produzir vídeos, posts e depoimentos, a própria comunidade pode gerar esse material, o que permite escalar sem multiplicar os custos.
Cada vez que um cliente ou aluno compartilha algo, ele leva sua marca para a rede dele - ampliando o alcance de forma natural.
Nem todo UGC é igual. Na prática, você pode trabalhar com pelo menos dois tipos:
UGC orgânico é o conteúdo criado livremente pelos usuários, com autonomia total sobre o que dizer e como dizer. Ele pode surgir de forma totalmente espontânea, mas também pode ser incentivado pela marca: convites, campanhas e programas de comunidade continuam sendo orgânicos desde que a narrativa final seja do usuário.
Na prática, o UGC orgânico aparece quando alguém compartilha sua própria experiência, registra um marco ou mostra como usa determinado produto ou serviço no dia a dia. Os formatos são diversos: vídeo, review, texto, foto, print, thread no LinkedIn ou qualquer outro registro que faça sentido para o usuário.
Além dos conteúdos totalmente espontâneos, existe o orgânico incentivado, muito comum no mercado. A empresa convida ou estimula usuários a criarem conteúdo, mas deixa a liberdade criativa nas mãos deles. Isso pode acontecer por meio de:
No fim, o UGC orgânico funciona porque a confiança nasce da perspectiva do usuário. A marca não dita a narrativa e é exatamente essa liberdade que gera credibilidade, identificação e conexão.
Branded UGC é quando o conteúdo ainda é criado pelo usuário, mas a marca fornece uma estrutura visual. O usuário continua sendo o protagonista, mas ele cria dentro de um “moldura” definida pela empresa. Isso garante que a mensagem seja autêntica e, ao mesmo tempo, consistente com a identidade da marca.
Funciona especialmente bem quando a empresa precisa de escala, padronização ou quando quer celebrar marcos de comunidade (conquistas, certificações, eventos, participações, resultados). Aqui, o papel da marca é reduzir fricção e facilitar para que o usuário compartilhe.
Esse tipo de UGC faz sentido quando o objetivo é ampliar o alcance mantendo a identidade visual da marca. Como parte do trabalho já está pronta, o usuário só precisa preencher seus dados, e essa facilidade aumenta a adesão e incentiva o compartilhamento.
Branded UGC também permite ações mais avançadas, como campanhas member-get-member com códigos personalizados, ativações de comunidade, desafios temáticos e ações contínuas de engajamento. É uma forma prática de transformar participantes, alunos, clientes e parceiros em porta-vozes consistentes da marca, sem perder espontaneidade.
A DIO é a maior plataforma de educação e empregabilidade em tecnologia da América Latina, usando inteligência artificial para ensinar as tecnologias utilizadas por experts de empresas inovadoras e conectar talentos às melhores oportunidades do mercado.
Fundada em 2018, a DIO alcançou em 2024 mais de 2 milhões de pessoas estudando e colaborando na plataforma, tornando-se uma das maiores comunidades de tecnologia do mundo.
Quase todo mês, eles lançam campanhas em que alunos aprovados, participantes de bootcamps e embaixadores compartilham suas conquistas: certificados, desafios concluídos, projetos, participações em ações, a celebração das conquistas dos estudantes faz parte do modelo de negócios deles.
Em cada campanha, são gerados cerca de 4 mil compartilhamentos pela super comunidade que eles construíram. Isso gera um boom de brand awareness. Pra ter uma noção: se cada compartilhamento tiver pelo menos 300 visualizações, o alcance chega a ultrapassar 1 milhão de pessoas 🤯
Por que essa estratégia funciona tão bem:
Confira abaixo um dos modelos usados nas campanhas, onde a foto e nome podem ser personalizados pela plataforma Vecsy:

Plinq - Case de UGC Orgânico
A Plinq é uma startup brasileira criada para ajudar pessoas, especialmente mulheres, a verificarem a segurança de alguém antes de um encontro ou interação. A plataforma permite consultar antecedentes e processos públicos com base em nome, CPF ou telefone, gerando um relatório rápido e fácil de entender (como green flag e red flag). É um serviço de segurança pessoal que viralizou justamente por ser extremamente compartilhável.
E foi exatamente aí que o UGC virou um dos pilares de crescimento da marca.
Desde o início, a Plinq incentivou seus usuários a criarem vídeos mostrando as referências sociais e os resultados gerados na plataforma. Esses vídeos começaram a se espalhar pelas redes e criaram um efeito de curiosidade + prova social muito forte.
O resultado? Em apenas 6 meses de operação, a Plinq alcançou 29 mil usuários (dados de dezembro/2025). E vários dos vídeos criados pela comunidade bateram milhões de visualizações.
Por que essa estratégia funcionou tão bem:

Aqui entram ações mais estratégicas, usando branded UGC, especialmente no contexto de startups que desejam escalar a participação da comunidade:
No fim das contas, o UGC não é sobre formatos, templates ou algoritmos. É sobre pessoas. Pessoas celebrando conquistas, compartilhando jornadas e emprestando sua voz para histórias que fazem sentido para elas. Quando uma startup cria espaço para isso, ela deixa de ser apenas uma solução e se torna uma comunidade viva. Marcas que entendem esse movimento crescem com mais consistência e humanidade. E, quando o usuário vira protagonista, a marca vira consequência.